Não, eu não gosto do irmão do
Waldemar Lemos, é um estilo de técnico que não me agrada, bom de entrevista,
que não me passa emoção, transpiração e tesão. Se não passa para mim que vejo
da TV ou do estádio, acho muito pouco provável que passe isso para o restante
do elenco. Vide o caso Seedorf x Marcio Azevedo, em que ele assistia passivo e
inoperante, enquanto o holandês esbravejava e tirava o couro do menino dos
cachinhos.
Gritando mais, quem sabe não dá certo? |
Mas apesar de ter ficado
injuriado da vida com a alteração no jogo contra o Palmeiras, e com o recuo que
é todo culpa sua, que permitiu o empate ao time “quase-rebaixado”. Queria
propor uma reflexão diferente.
Nesse momento do Botafogo, acho
que o melhor que temos que fazer é mantê-lo para o início do trabalho em 2013.
Afinal, ele não fez nada de muito diferente do que fizeram Joel Santana e Caio
Júnior nas duas temporadas anteriores. Está na hora da direção do Botafogo
fazer diferente, mudar o roteiro. Já que acreditou no trabalho do treinador em
momentos cruciais, como a goleada na final do Estadual, nas eliminações precoces
da Copa do Brasil e da Sulamericana e nos 7 jogos sem vencer nesse Brasileiro.
Que mantenha essa crença para o próximo ano.
Ah, mas persistir no erro é
burrice! Mas que tal tentar seguir a fórmula que deu certo em vários campeões
recentes no Brasil? Tite resistiu a eliminação na Pré-Libertadores e a perda do
título paulista na sequencia e foi mantido no cargo. Resultado: campeão
brasileiro e da Libertadores. Felipão chegou ao Palmeiras em 2010 e deu a Copa
do Brasil ao time, quase 2 anos depois.
Abel Braga também está há mais de um ano a frente do Tricolor das
Laranjeiras e será em breve o campeão brasileiro.
Além do mais, quando se olha
no mercado e se pensa em um nome para assumir o comando do Botafogo, vem aquele
famoso “cri-cri-cri”, um vazio de idéias , faltam nomes que chegassem para
acabar com toda a desconfiança da torcida. Oswaldo parece que tem a confiança
do elenco e que soube ficar ofuscado na medida certa com a chegada do
mega-astro Seedorf, o que parece de vital importância para o futuro do Botafogo
na próxima temporada.
Sem a pressão de ser campeão
da Copa do Brasil já no primeiro semestre, iniciando o trabalho com a
manutenção de grande parte do elenco, é bem possível que Oswaldo apresente
resultados melhores do que esse ano. Para o time que vem pecando pelo “quase”,
se melhorar um pouco, pode ser que cheguemos lá.