Pages

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

FICA OSWALDO!


Não, eu não gosto do irmão do Waldemar Lemos, é um estilo de técnico que não me agrada, bom de entrevista, que não me passa emoção, transpiração e tesão. Se não passa para mim que vejo da TV ou do estádio, acho muito pouco provável que passe isso para o restante do elenco. Vide o caso Seedorf x Marcio Azevedo, em que ele assistia passivo e inoperante, enquanto o holandês esbravejava e tirava o couro do menino dos cachinhos.

Gritando mais, quem sabe não dá certo?
Mas apesar de ter ficado injuriado da vida com a alteração no jogo contra o Palmeiras, e com o recuo que é todo culpa sua, que permitiu o empate ao time “quase-rebaixado”. Queria propor uma reflexão diferente.

Nesse momento do Botafogo, acho que o melhor que temos que fazer é mantê-lo para o início do trabalho em 2013. Afinal, ele não fez nada de muito diferente do que fizeram Joel Santana e Caio Júnior nas duas temporadas anteriores. Está na hora da direção do Botafogo fazer diferente, mudar o roteiro. Já que acreditou no trabalho do treinador em momentos cruciais, como a goleada na final do Estadual, nas eliminações precoces da Copa do Brasil e da Sulamericana e nos 7 jogos sem vencer nesse Brasileiro. Que mantenha essa crença para o próximo ano.

Ah, mas persistir no erro é burrice! Mas que tal tentar seguir a fórmula que deu certo em vários campeões recentes no Brasil? Tite resistiu a eliminação na Pré-Libertadores e a perda do título paulista na sequencia e foi mantido no cargo. Resultado: campeão brasileiro e da Libertadores. Felipão chegou ao Palmeiras em 2010 e deu a Copa do Brasil ao time, quase 2 anos depois.  Abel Braga também está há mais de um ano a frente do Tricolor das Laranjeiras e será em breve o campeão brasileiro.

Além do mais, quando se olha no mercado e se pensa em um nome para assumir o comando do Botafogo, vem aquele famoso “cri-cri-cri”, um vazio de idéias , faltam nomes que chegassem para acabar com toda a desconfiança da torcida. Oswaldo parece que tem a confiança do elenco e que soube ficar ofuscado na medida certa com a chegada do mega-astro Seedorf, o que parece de vital importância para o futuro do Botafogo na próxima temporada.

Sem a pressão de ser campeão da Copa do Brasil já no primeiro semestre, iniciando o trabalho com a manutenção de grande parte do elenco, é bem possível que Oswaldo apresente resultados melhores do que esse ano. Para o time que vem pecando pelo “quase”, se melhorar um pouco, pode ser que cheguemos lá.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

HERRERA E OS JOÕES-BOBOS

Sei que hoje é quarta. Que já faz quase 72 horas do acontecido, mas não queria deixar de comentar a atitude emblemática do nosso herói na partida de domingo.

O Botafogo é o time da contestação. O Botafogo é o time que abandonou uma Liga e fundou outra por achar que um atleta seu estava sendo injustiçado. O time onde jogou Afonsinho e sua brava luta pelo fim da Lei do Passe. Time do comunista João Saldanha. Time que ficou os anos de chumbo da ditadura militar, sem ganhar um título.

Isso tudo torna mais louvável a atitude de Herrera. Mesmo sem saber qual o exato motivo que levou o nosso argentino a não pedir a musiquinha no Fantástico, o simbolismo do ato fala por si só. É a luta contra a tentativa de transformar o futebol em entretenimento. O torcedor de um time, não quer espetáculo, jogo bonito e outros termos. Ele quer ver seu time suando sangue pela vitória. Melhor se for com jogo ofensivo, com jogadas bonitas, mas isso nem de longe é fator primordial.


Essa vibração é o que a gente quer!

Mas pior do que apenas descrever o futebol como entretenimento, é transformar as trasmissões e programas esportivos em verdadeiros espetáculos circenses. Não sei aonde começou essa onda. Sei que hoje ela impregna tudo referente ao futebol na nº 1 de audiência. É a dancinha do João Sorrisão, são os gols da rodada cheios de gracinha e humor duvidoso do Tadeu Schmit, é Tiago Leifert e sua felicidade irradiante e irritante, é a musiquinha no Fantástico, são os videos dos telespectadores durante o jogo. É a "Neymarização" do futebol como um todo.

Porque sim, se a Globo faz esse circo todo com o futebol, tem em Neymar seu (ainda que não intencional) garoto-propaganda. Apesar do belíssimo futebol apresentado, Neymar e suas dancinhas, seu cabelo, suas participações em videoclipes atraem tudo, menos torcedores autênticos e genuínos do velho e violento esporte bretão.

Herrera e o seu "que música?" e "não, nenhuma" é a antítese disso, sim o argentino não tem nem 5% do talento do Neymar com a bola nos pés. Mas parece gostar muito mais de futebol do que o atacante santista.

Que a atitude do Herrera tenha apenas iniciado uma guerra contra o tratamento de joão-bobo que Rede Globo tem com jogadores, treinadores e torcedores.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

E NINGUÉM CALA...

Pode parecer clichê, pode parecer papo de livro motivacional, pode parecer Poliana, mas a verdade é uma só: para o torcedor botafoguense não resta outra coisa além de acreditar. Ninguém tem que ter certeza da conquista do título, mas sim acreditar que ele é possível. O papel do torcedor é esse, acreditar só na boa, só quando a vantagem e o favoritismo estão do nosso lado é um caminho muito fácil. E caminho fácil nada tem a ver com o Botafogo.

O sentimento ontem ao sair do estádio era de incredulidade, procurava o chão aonde pisar, cheguei em casa e não quis ver nada de esportes na TV, ler nada sobre esportes na internet. Queria esquecer por algumas horas que sou um torcedor obstinado e aficionado. Até vir a lembrança de que vivi momentos muito mais difíceis e duros do que uma simples derrota num dos jogos da decisão. E que nunca esmoreci. Muito pelo contrário.

Na minha adolescência, vi meu time ser rebaixado, vi meu time passar longos 8 anos sem chegar sequer as finais do Carioca, vi meu time ser eliminado sistematicamente pelo Americano e isso numa fase de vida muito difícil para qualquer torcedor que é a adolescência, a fase de afirmação da paixão. Ali eu poderia ter virado um botafoguense apenas para constar, que não acompanha o time, que não vai no estádio e nem se mete em discussão. Porém, muito pelo contrário ali que foi fortalecido minha aliança com aquela camisa preta e branca.

E nessa minha aliança não cabe espaço para uma decepção durar muito tempo, até porque outras batalhas estão sempre por vir, tem outro jogo, outra competição na quarta. E tem mais 90 minutos dessa decisão para jogarmos no domingo, óbvio que o mais provável é não conquistarmos o título. Mas que é possível, sim isso é.

Só espero que seja qual for o resultado de domingo, os arautos apocalípticos não comecem a querer queimar nomes na fogueira alvinegra. O trabalho foi bem feito e não é por um único resultado negativo (o primeiro do ano) é que se deve jogar todo o restante fora.

Até quarta.

Quero muito que isso seja verdade novamente

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

É MELHOR PARTIR DE ALGUM LUGAR

Hoje está prevista a reapresentação da equipe alvinegra para a temporada 2012. Sem muitas caras novas, com algumas ausências solicitadas pela torcida e com um novo comandante. Não temos como prever como será o ano de 2012 para nós, combalidos torcedores do Glorioso. Mas a melhor notícia até agora é a manutenção de base da equipe do ano passado.

Alguns botafoguenses radicais reclamarão que não é possível manter a base de um time que foi o 9º colocado do campeonato brasileiro e naufragou em todas as demais competições que disputou.

Mas como em qualquer construção, é geralmente mais fácil e rápido quando se parte de algo já previamente construído. Ainda que tenha suas imperfeições aqui ou acolá, de maneira geral é mais fácil e barato reformar do que demolir e construir tudo de novo. No caso da construção de um time de futebol, a opção de demolir e construir de novo não garante em nada a melhoria do que existia antes.

Sendo assim, acho que se mantivermos a base e fizermos contratações pontuais, seguiremos um melhor caminho esse ano. Dois laterais, um zagueiro e um atacante com peso e condições de serem titulares já seria de bom tamanho.

Que chegue logo dia 22 para eu me reencontrar com o estádio mais moderno do Brasil e a camisa mais linda do mundo em campo.