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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

SEM DIREITO A REPLAY

Futebol não é entretenimento. O tal do futebol-arte, do jogo-espetáculo é muito bom de se ver, sem dúvida, mas isso fica relegado a segundo plano quando se trata do seu time de coração.

A partida de ontem no Estádio Olímpico só interessou aos alvinegros e aos gremistas, ninguém que "gosta" de futebol ia ter disposição e atenção para assistir ao jogo durante os seus primeiros 65 minutos. Jogo feio, truncado, disputado: jogo de campeonato, ora bolas.

O Grêmio foi superior em posse de bola e finalizações durante todo o jogo, o que não quer dizer absolutamente nada sobre a partida. Eles pareciam ter o controle tático do jogo, afinal estavam sempre com a bola, mas o Botafogo parecia saber muito mais ao certo o que queria. Com o time recuado e sem inspiração, o empate era o que o Fogão estava negociando, e acabou levando a vitória de brinde.

O Fogão jogou todo atrás, nossos laterais pouco avançavam, o Renato "oito de ouro" tendo que ficar mais preso a marcação para auxiliar Lucas Zen, com muito menos pegada que o suspenso Marcelo Mattos, e com Herrera e Maicosuel voltando para dar assistência na marcação das jogadas pelas laterais gremistas. O Grêmio não conseguia furar o bloqueio, tentou chutando de fora de área, o que poderia até resultar em algum gol, dado a qualidade do chute de alguns de seus jogadores (Douglas, Rochemback) mas que é muito pouco para um time que jogava em casa e precisava da vitória.

As alterações para a segunda etapa de Caio Jr. foram providenciais, mas caso a vitória não viesse as cornetas iriam soar fortes, chamando o de burro. O meio campo precisava de alguém para pensar o jogo e fazer o Botafogo trocar 3 passes, o sonolento Felipe Menezes, mal ou bem conseguiu isso. Já o Alessandro é muito, mas muito mais seguro defensivamente que o menino Lucas.

A partida estava amarrada e logo se o Botafogo fosse sair com algo diferente de zero no marcador, teria que aproveitar a única oportunidade que ia ter, sem direito a replay. Uma jogada individual do Mago, que prova que é muito importante para o Botafogo ter jogadores com qualidade e que partam para cima dos adversários, e uma conclusão precisa do nosso uruguaio favorito.

O Locão tem sido um fator de desequilibrio nesse time, tanto pela notável liderança exercida sobre os companheiros como pelos gols decisivos que tem marcado. Há quem ainda tem pé atrás com o nosso camisa 13, mas a história vai fazer questão de exterminar qualquer dúvida sobre o botafoguismo profissional exercido pelo Loco Abreu nessa sua passagem envergando o nosso manto.

O final de partida foi aquela loucura, o time do Grêmio foi pra cima na tática do "vamos lá porra" e o Botafogo ficou com o campo todo aberto para explorar os contra ataques, algo que não soube fazer com precisão. Mas não tem nada não. Continuamos com o melhor saldo de gols do país e saímos de lá com uma vitória, algo que não vinha desde 95, para os superticiosos alvinegros isso pode dizer muita coisa.

Os dois líderes desse Botafogo competitivo

Domingo é dia de mais uma vez lotar o Engenhão. Só a comunhão time-torcida poderá ser capaz de levar o Botafogo ao lugar que ele merece nesse campeonato. Rock in Rio? Deixa para depois do jogo. Espero comemorar ao som do Metallica....hehe.

Saudações Alvinegras!

P.S1: Sei que o Jefferson é imprescindível nesse time, ontem fez uma defesa salvadora, por isso mesmo se faz necessário um puxão de orelha para o cartão amarelo bobo que tomou ontem, o ganho 10, 15 segundos é infinitamente menor do que a perda que sua ausência pode causar no jogo contra o SPFC.

P.S2: Se existisse um jogador para dar entrevista que nem o Loco Abreu em cada um dos 20 times da Série A, os programas esportivos que analisam o jogo posteriormente ficariam bem mais sem graça. Na saída de campo no jogo de ontem, Loco Abreu fez a melhor análise tática da partida e técnica do campeonato. Merece cada vez mais aplausos.

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