Pages

terça-feira, 9 de julho de 2013

RECOMEÇO: COMPETITIVO E COMBATIVO

Agora que o Botafogo retornou da pausa da Copa das Confederações, pretendo retomar também as postagens do blog, que ele dê sorte para o nosso Fogão nos desafios que temos pela frente.


Depois de mais de um mês sem entrar em campo, o Botafogo retornou aos gramados com duas vitórias magras em gols, mais cheias de significado e simbolismo. 

O valor do 1x0

Ganhar dois jogos seguidos por 1x0 pode não dizer muita coisa, pode ser fruto do acaso, da sorte, das limitações técnicas ofensivas ou de demonstração de solidez defensiva. Porém, vale destacar que não é algo comum ao Botafogo no últimos tempos. A última vez que isso ocorreu foi em agosto de 2010, quando enfileiramos duas vitórias mínimas em casa contra Avaí e Ceará.

Parece chavão mas não é, os times campeões não são construídos nas goleadas, e sim nos 1x0 que demostram toda a competitividade do time. Ganhar de 1x0 significa, muitas vezes, ter o controle do jogo, não se afobar na busca do gol e ter muita eficiência defensiva.

E esse Botafogo 2013, até o momento, parece apontar para esse norte. Nas duas vitórias contra Figueirense e Fluminense, os adversários mostraram em vários momentos terem mais posse de bola e até mais contundência que o Botafogo, mas não tomamos grandes sustos, porque essa equipe transmite mais segurança. Ao fazermos os gols e os rivais virem para cima com tudo, seguramos a marimba e não entregamos a paçoca, porque a noção de conjunto desse time está se solidificando cada vez mais.

Os pilares dessa segurança que vai se transformando em competitividade são: a fase esplendorosa do Jefferson, a pegada firme de Bolívar e o comando do Seedorf no meio do campo. 

Ele não anda, ele defila


Porém o que dá toda a liga para esse bom momento da equipe é a sequencia de trabalho desse grupo sob o comando de Oswaldo de Oliveira aliada ao caráter desse elenco, que faz com que esses jogadores corram e combatam o campo inteiro, não vejo essa equipe pingar uma gota de suor a menos, mesmo com a lista extensa de problemas: viagens nos jogos como mandantes, salários atrasados, perda de jogadores.

Se vai ser campeão ou não, se vai para Libertadores ou não, ainda não dá para sabermos, muitas coisas podem e devem acontecer, mas o que mais me enche de orgulho é o nível de comprometimento desses jogadores em cada jogo e o jogo inteiro.



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

FICA OSWALDO!


Não, eu não gosto do irmão do Waldemar Lemos, é um estilo de técnico que não me agrada, bom de entrevista, que não me passa emoção, transpiração e tesão. Se não passa para mim que vejo da TV ou do estádio, acho muito pouco provável que passe isso para o restante do elenco. Vide o caso Seedorf x Marcio Azevedo, em que ele assistia passivo e inoperante, enquanto o holandês esbravejava e tirava o couro do menino dos cachinhos.

Gritando mais, quem sabe não dá certo?
Mas apesar de ter ficado injuriado da vida com a alteração no jogo contra o Palmeiras, e com o recuo que é todo culpa sua, que permitiu o empate ao time “quase-rebaixado”. Queria propor uma reflexão diferente.

Nesse momento do Botafogo, acho que o melhor que temos que fazer é mantê-lo para o início do trabalho em 2013. Afinal, ele não fez nada de muito diferente do que fizeram Joel Santana e Caio Júnior nas duas temporadas anteriores. Está na hora da direção do Botafogo fazer diferente, mudar o roteiro. Já que acreditou no trabalho do treinador em momentos cruciais, como a goleada na final do Estadual, nas eliminações precoces da Copa do Brasil e da Sulamericana e nos 7 jogos sem vencer nesse Brasileiro. Que mantenha essa crença para o próximo ano.

Ah, mas persistir no erro é burrice! Mas que tal tentar seguir a fórmula que deu certo em vários campeões recentes no Brasil? Tite resistiu a eliminação na Pré-Libertadores e a perda do título paulista na sequencia e foi mantido no cargo. Resultado: campeão brasileiro e da Libertadores. Felipão chegou ao Palmeiras em 2010 e deu a Copa do Brasil ao time, quase 2 anos depois.  Abel Braga também está há mais de um ano a frente do Tricolor das Laranjeiras e será em breve o campeão brasileiro.

Além do mais, quando se olha no mercado e se pensa em um nome para assumir o comando do Botafogo, vem aquele famoso “cri-cri-cri”, um vazio de idéias , faltam nomes que chegassem para acabar com toda a desconfiança da torcida. Oswaldo parece que tem a confiança do elenco e que soube ficar ofuscado na medida certa com a chegada do mega-astro Seedorf, o que parece de vital importância para o futuro do Botafogo na próxima temporada.

Sem a pressão de ser campeão da Copa do Brasil já no primeiro semestre, iniciando o trabalho com a manutenção de grande parte do elenco, é bem possível que Oswaldo apresente resultados melhores do que esse ano. Para o time que vem pecando pelo “quase”, se melhorar um pouco, pode ser que cheguemos lá.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

HERRERA E OS JOÕES-BOBOS

Sei que hoje é quarta. Que já faz quase 72 horas do acontecido, mas não queria deixar de comentar a atitude emblemática do nosso herói na partida de domingo.

O Botafogo é o time da contestação. O Botafogo é o time que abandonou uma Liga e fundou outra por achar que um atleta seu estava sendo injustiçado. O time onde jogou Afonsinho e sua brava luta pelo fim da Lei do Passe. Time do comunista João Saldanha. Time que ficou os anos de chumbo da ditadura militar, sem ganhar um título.

Isso tudo torna mais louvável a atitude de Herrera. Mesmo sem saber qual o exato motivo que levou o nosso argentino a não pedir a musiquinha no Fantástico, o simbolismo do ato fala por si só. É a luta contra a tentativa de transformar o futebol em entretenimento. O torcedor de um time, não quer espetáculo, jogo bonito e outros termos. Ele quer ver seu time suando sangue pela vitória. Melhor se for com jogo ofensivo, com jogadas bonitas, mas isso nem de longe é fator primordial.


Essa vibração é o que a gente quer!

Mas pior do que apenas descrever o futebol como entretenimento, é transformar as trasmissões e programas esportivos em verdadeiros espetáculos circenses. Não sei aonde começou essa onda. Sei que hoje ela impregna tudo referente ao futebol na nº 1 de audiência. É a dancinha do João Sorrisão, são os gols da rodada cheios de gracinha e humor duvidoso do Tadeu Schmit, é Tiago Leifert e sua felicidade irradiante e irritante, é a musiquinha no Fantástico, são os videos dos telespectadores durante o jogo. É a "Neymarização" do futebol como um todo.

Porque sim, se a Globo faz esse circo todo com o futebol, tem em Neymar seu (ainda que não intencional) garoto-propaganda. Apesar do belíssimo futebol apresentado, Neymar e suas dancinhas, seu cabelo, suas participações em videoclipes atraem tudo, menos torcedores autênticos e genuínos do velho e violento esporte bretão.

Herrera e o seu "que música?" e "não, nenhuma" é a antítese disso, sim o argentino não tem nem 5% do talento do Neymar com a bola nos pés. Mas parece gostar muito mais de futebol do que o atacante santista.

Que a atitude do Herrera tenha apenas iniciado uma guerra contra o tratamento de joão-bobo que Rede Globo tem com jogadores, treinadores e torcedores.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

E NINGUÉM CALA...

Pode parecer clichê, pode parecer papo de livro motivacional, pode parecer Poliana, mas a verdade é uma só: para o torcedor botafoguense não resta outra coisa além de acreditar. Ninguém tem que ter certeza da conquista do título, mas sim acreditar que ele é possível. O papel do torcedor é esse, acreditar só na boa, só quando a vantagem e o favoritismo estão do nosso lado é um caminho muito fácil. E caminho fácil nada tem a ver com o Botafogo.

O sentimento ontem ao sair do estádio era de incredulidade, procurava o chão aonde pisar, cheguei em casa e não quis ver nada de esportes na TV, ler nada sobre esportes na internet. Queria esquecer por algumas horas que sou um torcedor obstinado e aficionado. Até vir a lembrança de que vivi momentos muito mais difíceis e duros do que uma simples derrota num dos jogos da decisão. E que nunca esmoreci. Muito pelo contrário.

Na minha adolescência, vi meu time ser rebaixado, vi meu time passar longos 8 anos sem chegar sequer as finais do Carioca, vi meu time ser eliminado sistematicamente pelo Americano e isso numa fase de vida muito difícil para qualquer torcedor que é a adolescência, a fase de afirmação da paixão. Ali eu poderia ter virado um botafoguense apenas para constar, que não acompanha o time, que não vai no estádio e nem se mete em discussão. Porém, muito pelo contrário ali que foi fortalecido minha aliança com aquela camisa preta e branca.

E nessa minha aliança não cabe espaço para uma decepção durar muito tempo, até porque outras batalhas estão sempre por vir, tem outro jogo, outra competição na quarta. E tem mais 90 minutos dessa decisão para jogarmos no domingo, óbvio que o mais provável é não conquistarmos o título. Mas que é possível, sim isso é.

Só espero que seja qual for o resultado de domingo, os arautos apocalípticos não comecem a querer queimar nomes na fogueira alvinegra. O trabalho foi bem feito e não é por um único resultado negativo (o primeiro do ano) é que se deve jogar todo o restante fora.

Até quarta.

Quero muito que isso seja verdade novamente

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

É MELHOR PARTIR DE ALGUM LUGAR

Hoje está prevista a reapresentação da equipe alvinegra para a temporada 2012. Sem muitas caras novas, com algumas ausências solicitadas pela torcida e com um novo comandante. Não temos como prever como será o ano de 2012 para nós, combalidos torcedores do Glorioso. Mas a melhor notícia até agora é a manutenção de base da equipe do ano passado.

Alguns botafoguenses radicais reclamarão que não é possível manter a base de um time que foi o 9º colocado do campeonato brasileiro e naufragou em todas as demais competições que disputou.

Mas como em qualquer construção, é geralmente mais fácil e rápido quando se parte de algo já previamente construído. Ainda que tenha suas imperfeições aqui ou acolá, de maneira geral é mais fácil e barato reformar do que demolir e construir tudo de novo. No caso da construção de um time de futebol, a opção de demolir e construir de novo não garante em nada a melhoria do que existia antes.

Sendo assim, acho que se mantivermos a base e fizermos contratações pontuais, seguiremos um melhor caminho esse ano. Dois laterais, um zagueiro e um atacante com peso e condições de serem titulares já seria de bom tamanho.

Que chegue logo dia 22 para eu me reencontrar com o estádio mais moderno do Brasil e a camisa mais linda do mundo em campo.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

SEM DIREITO A REPLAY

Futebol não é entretenimento. O tal do futebol-arte, do jogo-espetáculo é muito bom de se ver, sem dúvida, mas isso fica relegado a segundo plano quando se trata do seu time de coração.

A partida de ontem no Estádio Olímpico só interessou aos alvinegros e aos gremistas, ninguém que "gosta" de futebol ia ter disposição e atenção para assistir ao jogo durante os seus primeiros 65 minutos. Jogo feio, truncado, disputado: jogo de campeonato, ora bolas.

O Grêmio foi superior em posse de bola e finalizações durante todo o jogo, o que não quer dizer absolutamente nada sobre a partida. Eles pareciam ter o controle tático do jogo, afinal estavam sempre com a bola, mas o Botafogo parecia saber muito mais ao certo o que queria. Com o time recuado e sem inspiração, o empate era o que o Fogão estava negociando, e acabou levando a vitória de brinde.

O Fogão jogou todo atrás, nossos laterais pouco avançavam, o Renato "oito de ouro" tendo que ficar mais preso a marcação para auxiliar Lucas Zen, com muito menos pegada que o suspenso Marcelo Mattos, e com Herrera e Maicosuel voltando para dar assistência na marcação das jogadas pelas laterais gremistas. O Grêmio não conseguia furar o bloqueio, tentou chutando de fora de área, o que poderia até resultar em algum gol, dado a qualidade do chute de alguns de seus jogadores (Douglas, Rochemback) mas que é muito pouco para um time que jogava em casa e precisava da vitória.

As alterações para a segunda etapa de Caio Jr. foram providenciais, mas caso a vitória não viesse as cornetas iriam soar fortes, chamando o de burro. O meio campo precisava de alguém para pensar o jogo e fazer o Botafogo trocar 3 passes, o sonolento Felipe Menezes, mal ou bem conseguiu isso. Já o Alessandro é muito, mas muito mais seguro defensivamente que o menino Lucas.

A partida estava amarrada e logo se o Botafogo fosse sair com algo diferente de zero no marcador, teria que aproveitar a única oportunidade que ia ter, sem direito a replay. Uma jogada individual do Mago, que prova que é muito importante para o Botafogo ter jogadores com qualidade e que partam para cima dos adversários, e uma conclusão precisa do nosso uruguaio favorito.

O Locão tem sido um fator de desequilibrio nesse time, tanto pela notável liderança exercida sobre os companheiros como pelos gols decisivos que tem marcado. Há quem ainda tem pé atrás com o nosso camisa 13, mas a história vai fazer questão de exterminar qualquer dúvida sobre o botafoguismo profissional exercido pelo Loco Abreu nessa sua passagem envergando o nosso manto.

O final de partida foi aquela loucura, o time do Grêmio foi pra cima na tática do "vamos lá porra" e o Botafogo ficou com o campo todo aberto para explorar os contra ataques, algo que não soube fazer com precisão. Mas não tem nada não. Continuamos com o melhor saldo de gols do país e saímos de lá com uma vitória, algo que não vinha desde 95, para os superticiosos alvinegros isso pode dizer muita coisa.

Os dois líderes desse Botafogo competitivo

Domingo é dia de mais uma vez lotar o Engenhão. Só a comunhão time-torcida poderá ser capaz de levar o Botafogo ao lugar que ele merece nesse campeonato. Rock in Rio? Deixa para depois do jogo. Espero comemorar ao som do Metallica....hehe.

Saudações Alvinegras!

P.S1: Sei que o Jefferson é imprescindível nesse time, ontem fez uma defesa salvadora, por isso mesmo se faz necessário um puxão de orelha para o cartão amarelo bobo que tomou ontem, o ganho 10, 15 segundos é infinitamente menor do que a perda que sua ausência pode causar no jogo contra o SPFC.

P.S2: Se existisse um jogador para dar entrevista que nem o Loco Abreu em cada um dos 20 times da Série A, os programas esportivos que analisam o jogo posteriormente ficariam bem mais sem graça. Na saída de campo no jogo de ontem, Loco Abreu fez a melhor análise tática da partida e técnica do campeonato. Merece cada vez mais aplausos.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

DOIS JOGOS SEM VENCER, DIFICULDADE FINANCEIRA...AGORA NÃO FOGÃO

Quando as coisas parecem que vão bem, o torcedor alvinegro vacinado já fica olhando para o céu à procura de alguma nuvem negra. O presidente Mauricio Assumpção falou em entrevista ao jornal O Globo que está difícil manter a casa em ordem no aspecto financeiro e foi conversar com os jogadores sobre isso.

Acho louvável a atitude do presidente, porém o que ele tem que fazer é ir atrás dos recursos para conseguir honrar os compromisso com esse elenco que vem fazendo a sua parte. Ele disse que " acredita na parceria entre diretoria e elenco para continuar com a boa campanha no Brasileiro".  Acho muito difícil que essa parceria se mantenha se os salários atrasarem, e isso não tem nada a ver com os jogadores serem mercenários ou não. É muito difícil, trabalhar sem receber para isso, o rendimento cai, é inevitável.

Logo o que temos que evitar é que as coisas saiam dos trilhos como aconteceu em outros momentos em que o Botafogo fazia boa campanha nos últimos anos (doping, afastamento de jogador, brigas no elenco)

Tirar coelho da cartola é o seu papel cartola-mor do Botafogo.

Saudações Alvinegras.